leterme2_Steve PfostNewsday RM via Getty Images_covid-19 Steve Pfost/Newsday RM via Getty Images

As lições que as democracias devem tirar da COVID-19

BRUXELAS – Ao longo de mais de dois anos, a COVID-19 tem ceifado vidas, destruído meios de subsistência, interrompido rotinas diárias e dominado a discussão política em todo o mundo. À medida que a fase aguda da pandemia vai chegando ao fim, temos de avaliar o que a COVID-19 revelou sobre a capacidade dos sistemas democráticos de responder a essas emergências.

Há várias lições a serem tiradas de uma crise que causou a morte a mais de seis milhões de pessoas e provocou a recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial. Ao longo do último ano, a Gomissão Global sobre Democracia e Emergências da organização Club de Madrid reuniu ex-chefes de Estado e de governo, peritos eminentes e líderes da sociedade civil de todo o mundo para debater o que a COVID-19 nos ensinou e como é que os nossos países podem planear para combater crises futuras.

Da mesma maneira que ninguém entra no mesmo rio duas vezes, pois não é o mesmo rio e a pessoa já não é a mesma, nenhum país vivencia a mesma catástrofe duas vezes. Mas é essencial aprender com uma emergência para se estar preparado para a próxima. Embora as pandemias sejam raras, as epidemias, os desastres naturais, as crises financeiras e os acidentes industriais são ocorrências regulares. Os governos, os órgãos legislativos, as instituições judiciais, a sociedade civil e as organizações internacionais têm de estar equipados para promoverem a resiliência em caso de situação de crise.

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