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Um acordo mais vantajoso para os trabalhadores do mundo inteiro

CAMBRIDGE – As últimas quatro décadas de globalização e inovação tecnológica foram uma dádiva para aqueles com habilidades, com dinheiro e conexões para aproveitar as vantagens de novos mercados e oportunidades. Mas os trabalhadores comuns têm muito menos motivos para comemorar.

Nas economias avançadas, os rendimentos daqueles com menos escolaridade frequentemente estagnaram, a despeito dos ganhos na produtividade geral do trabalho. Desde 1979, por exemplo, a remuneração dos trabalhadores da produção nos Estados Unidos aumentou menos de um terço da taxa de crescimento da produtividade. A insegurança e a desigualdade no mercado de trabalho aumentaram, e muitas comunidades foram deixadas para trás com o fechamento de fábricas e a migração de empregos para outros lugares.

Nos países em desenvolvimento, onde a teoria econômica padrão previa que os trabalhadores seriam os principais beneficiários da expansão da divisão global do trabalho, novamente as empresas e o capital colheram os maiores ganhos. Um próximo livro de Adam Dean, da Universidade de George Washington, mostra que mesmo onde prevaleciam governos democráticos, a liberalização do comércio andou de mãos dadas com a repressão dos direitos trabalhistas.

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