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Uma história do jogo econômico de acertar-a-toupeira

BERKELEY - A grande lição dos últimos 60 anos da política econômica americana, segundo o novo livro de Alan Blinder - ex-vice-presidente do Federal Reserve dos EUA e atual economista da Universidade de Princeton -, Uma História Monetária e Fiscal dos Estados Unidos (1961-2021), é que não há uma grande lição.

Não houve desenvolvimento linear nem muito “progresso” em descobrir como administrar as economias modernas em nome da estabilidade macroeconômica. Em vez disso, Blinder descreve “rodas dentro de rodas, girando sem parar no tempo e no espaço... (com) certos temas... indo e voltando... monetário versus fiscal... o reino intelectual... o mundo da formulação de políticas econômicas práticas... a repetida ascensão e queda do keynesianismo....”

A história subjacente é impulsionada, em última análise, pela contingência histórica. Os problemas aparecem e são resolvidos ou não. De qualquer forma, a resposta prepara o terreno para que surja um problema novo e diferente, porque as ações tomadas no passado recente deixaram a economia mais vulnerável de algum modo. Mas, no fim da história, a sensação que fica é que alguns dos problemas eram bastante semelhantes entre si e que os tomadores de decisões sobre políticas econômicas estão jogando uma partida interminável de acerte-a-toupeira (whack-a-mole, no original em inglês; jogo em que o participante usa uma marreta para abater toupeiras de borracha que saem de múltiplos buracos).

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