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Como os EUA podem combater a influência chinesa no Oriente Médio

CLAREMONT (CALIFÓRNIA) - Quando o Presidente dos EUA, Joe Biden, visitar o Oriente Médio mês que vem, é provável que seus anfitriões – em particular, a Arábia Saudita – tentem persuadi-lo a se envolver de novo com a região. Longe de permitir que os Estados Unidos se concentrem no fortalecimento de sua posição na disputa de grandes potências com a China e a Rússia, esses países podem argumentar, o afastamento estratégico do Oriente Médio dá à China abertura para impulsionar sua própria influência regional. Mas a realidade não é tão simples.

Como um dos principais produtores de combustíveis fósseis, o Oriente Médio é claramente importante para os EUA. De fato, são os altíssimos preços da energia que estão forçando Biden a tentar remendar sua relação com a Arábia Saudita. Até pouco tempo atrás, Biden vinha evitando o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, governante de fato do país, pelo suposto papel dele no assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018 na Turquia.

O recuo de Biden destaca o tamanho da alavancagem da Arábia Saudita. E é provável que o Reino use essa alavanca para pressionar os EUA a sustentar seu envolvimento militar no Oriente Médio. Alertas (que Israel provavelmente vai repetir) de que a China se moverá depressa para ocupar qualquer vácuo de segurança deixado pelos EUA parecerão reforçar ainda mais seu argumento.

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