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A revolução da IA e a competição estratégica com a China

NOVA YORK – O mundo está só começando a ter ideia de quão profunda a revolução da inteligência artificial vai ser. Tecnologias IA criarão ondas de progresso em infraestrutura crítica, comércio, transportes, saúde, educação, mercados financeiros, produção alimentícia e sustentabilidade ambiental. A adoção bem-sucedida da IA irá conduzir economias, reinventar sociedades e determinar que países decidem as regras do próximo século.

Esta oportunidade proporcionada pela IA coincide com um momento de vulnerabilidade estratégica. O presidente americano, Joe Biden, vem dizendo que a América está em uma “competição estratégica de longo prazo com a China”. Ele está certo. Mas não são só os Estados Unidos que estão vulneráveis; todo o mundo democrático também está, porque a revolução da IA sustenta a atual disputa de valores entre a democracia e o autoritarismo. Temos de provar que as democracias podem triunfar em uma era de revolução tecnológica.

Hoje, a China é um parceiro competidor tecnológico. Ela é organizada, repleta de recursos e decidida a vencer esta competição tecnológica e reformular a ordem global para servir a seus próprios e estritos interesses. A IA e outras tecnologias emergentes são centrais para os esforços chineses de ampliar sua influência global, ultrapassar o poder econômico e militar dos EUA e isolar sua estabilidade doméstica. A China vem executando um plano sistemático centralmente direcionado para extrair conhecimento de IA do exterior por meio de espionagem, aquisição de talentos, transferência de tecnologia e investimentos.

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