johnson162_Patrick Pleulpicture alliance via Getty Images_oil Patrick Pleul/picture alliance via Getty Images

Aprendendo a sufocar as receitas energéticas da Rússia

WASHINGTON (D.C.) – À medida que sua invasão em grande escala da Ucrânia entra em seu 14° mês, a Rússia está contando que o Ocidente vá perder o interesse. Com menos manchetes sobre a guerra, o apoio público para tomar medidas caras para sancionar a Rússia tem diminuído. No entanto, num domínio crucial, o G7 e a União Europeia descobriram como impor danos significativos à Rússia de uma forma que também apoie a economia global. É hora de aumentar essa pressão sobre o Kremlin.

Até 24 de fevereiro de 2022, quase metade da receita do Kremlin vinha de impostos sobre as exportações de petróleo e gás, e o país arrecadava mais dinheiro sempre que os preços globais das commodities subiam. À medida que os tanques rolavam, os preços do petróleo subiam e o fluxo de caixa para o Kremlin acompanhava a movimentação. Durante grande parte de 2022, a Rússia colheu um enorme e inesperado lucro com o custo da guerra sob o petróleo, financiando sua invasão de modo eficaz. Enquanto isso, os preços elevados do petróleo representavam uma grande ameaça para uma economia global que tentava emergir com cautela da pandemia.

O problema era que a Rússia exportava tanto petróleo que as ferramentas convencionais para impor sanções a um exportador de petróleo não funcionariam. A implementação de um embargo em larga escala ao petróleo russo poderia ter feito os preços globais do petróleo subirem, prejudicando países em toda parte. E, à medida que a Rússia conseguisse dobrar o embargo para vender, cada barril que o país exportasse se tornaria mais valioso, talvez elevando as receitas ainda mais do que antes.

https://prosyn.org/fBSFIjdpt