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A governação global irá dar provas?

LOMÉ/BASEL – A COVID-19 ainda representa a maior ameaça para os sistemas de integração internacional instituídos durante o século XX. À semelhança do que aconteceu com a pandemia de gripe espanhola de 1918, a letalidade e o risco de contágio do coronavírus provocaram um regresso à rigidez das fronteiras nacionais e outras barreiras.

Historicamente, as crises que levaram a uma integração mais profunda têm sido de natureza militar, devido ao reconhecimento de que o intercâmbio regional é propício à paz e à prosperidade. Nestas condições, a maioria dos países não terá qualquer interesse em entrar em guerra com um vizinho, porque ao fazê-lo certamente prejudicaria o bem-estar socioeconómico dos seus próprios cidadãos.

Quando o Comité Nobel atribuiu o Prémio Nobel da Paz à União Europeia em 2012, reconheceu que o bloco “contribuiu por mais de seis décadas para a promoção da paz e reconciliação, da democracia e dos direitos humanos na Europa”. Durante esse período, o projeto europeu garantiu a paz, ao acelerar a integração económica, começando pela produção conjunta de carvão e aço.

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