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Impulsionar o IDE em África

LOMÉ/BOSTON – No Relatório sobre o Investimento Mundial das Nações Unidas para 2020, o Secretário-Geral António Guterres salientou que o investimento directo estrangeiro (IDE) este ano “deverá diminuir bastante comparativamente aos níveis de 2019, quando alcançou os 1,5 biliões de dólares”, ultrapassando os mínimos que se verificaram durante a crise financeira global. Esta descida terá um efeito devastador sobre as economias emergentes, muitas das quais já se encontram em crise como consequência da pandemia de COVID-19.

Poucas regiões terão tantas dificuldades como África. Não só o continente é responsável por apenas 3% do PIB global, como também atrai actualmente menos de 3% do IDE global, que tem sido um factor crítico na impulsão de outras regiões para a prosperidade.

Para catalisar o crescimento e eventualmente ajudar a livrar o continente da pobreza extrema de uma vez por todas, os líderes africanos têm de tentar superar as expectativas e atrair centenas de milhares de milhões de dólares em IDE. Deveriam começar por recorrer ao investimento dos 165 milhões de membros da diáspora africana. E podem procurar inspiração na ascensão meteórica da China até se tornar o segundo maior destinatário de IDE do mundo, depois dos Estados Unidos.

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