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China: o bicho-papão económico

CAMBRIDGE – À medida que a COVID-19 se foi espalhando da China para a Europa e depois para os Estados Unidos, os países atingidos pela pandemia deram por si numa louca disputa por produtos médicos – máscaras, ventiladores, roupas de proteção. Muitas vezes, era à China que eles tinham de recorrer.

Quando a crise eclodiu, a China tinha tornado-se o maior fornecedor mundial de produtos essenciais, sendo responsável por metade de todas as importações na Europa e nos EUA de equipamentos de proteção individual. “A China lançou as bases para dominar o mercado de produtos médicos e de proteção nos próximos anos”, de acordo com uma divulgação recente realizada pelo New York Times.

Quando a China se virou para os mercados mundiais, teve a vantagem de fornecer um número praticamente ilimitado de produtos provenientes de mão de obra barata.  Mas, como todos já reconhecem, as proezas de produção da China não são o resultado de leis de mercado sem restrições.

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