johnson132_Sakis MITROLIDIS  AFP) (Photo by SAKIS MITROLIDISAFP via Getty Images_covid testing Sakis Mitrolidis/AFP via Getty Images

Depois da vacina

WASHINGTON, DC – Há cada vez mais consenso de que uma ou mais vacinas para a COVID-19 estarão disponíveis em algum momento no início de 2021. No espaço de um ano, muitas pessoas nos Estados Unidos e em alguns outros países serão vacinadas. Para algumas doenças infantis, o desenvolvimento de uma vacina foi, por si só, determinante.  Mas isso pode não ser válido para a COVID-19, porque a adoção poderá ser lenta ou a eficácia diminuir com o tempo - ou ambas.

Nesse caso, a necessidade de testar as pessoas, tanto para segurança individual como para prevenir surtos, será contínua. O problema a longo prazo com os testes já é evidente: o custo por cada teste é elevado. Nos sistemas de saúde onde os escassos recursos médicos são distribuídos com base numa taxa por serviço, como nos Estados Unidos, isso significa que muitas pessoas não têm dinheiro para fazer o teste. Além de desenvolvermos uma vacina, precisamos de tornar os testes de deteção do vírus em escala muito mais baratos, de modo a que se tornem disponíveis para todos, independentemente do nível de rendimento.

Atualmente, a população que não foi testada nos EUA inclui a maioria das crianças que frequenta escolas públicas, primárias e secundárias, bem como os professores e outros que trabalham nessas escolas.  Também inclui milhões de pessoas idosas, incluindo aquelas que vivem em habitações de baixo custo (conhecidas como habitações da secção 202). Esta falta de acesso aos testes é uma questão económica e moral importante que não desaparecerá.

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